Eu me lembro quando, há vinte anos, sucesso para gente seria publicar um livro, por qualquer editora... Puxo minha própria orelha quando me vejo lamentando, sendo que eu JÁ cheguei muito longe. Ótima edição, Eric. Penso que eu também seria uma ótima estátua, e se algum dia usarem algum livro meu no Enem vou ficar bastante feliz.
Agora parei pra refletir em outro ponto do texto. Você comentou sobre a pressão de entregar conteúdo, sei que você estava se referindo aos textos literários, mas você tem entregado conteúdo com regularidade nos últimos meses. Não sei se você tem noção do quanto suas newsletters ajudam e inspiram muita gente. Sei que isso não ajuda a diminuir a pressão para lançar um livro novo, mas obrigado por compartilhar esses textos com a gente ^^
set 12·editado set 12Gostado por Eric Novello 🏳️🌈
Falar que adorei uma newsletter sua já deixou de ser novidade faz tempo, então vou pular essa parte haha
Concordo com suas metas de sucesso, para o meu caso, acho que só trocaria o enredo de escola de samba por ter algum livro citado nas referências de apoio para a redação do ENEM. Não porque um tenha mais valor que o outro, mas por ser algo mais próximo a mim.
Mas seguindo o estereótipo do escritor eremita: sumir realmente está num nível acima.
Eric, será que hj em dia o "underdog" é segundo lugar? Sei não...
Gostei muito do final do texto e de todo modo passei aqui para dizer que comprei teus dois livros porque minhas alunas pediram e estão na minha biblioteca.
Entre esses eu escolheria "sumir". Hoje parece que você só é alguém se trabalha pelos seus livros como um burro de carga, mesmo depois de escritos e lançados.
Olha, estou numa prateleira tão baixa que o sucesso para mim seria meus livros venderem sem minha interferência direta. Indicações de pessoas que nunca vi na vida e assim por diante. Uso a metáfora da pasta azul: os primeiros textos que reuni para mostrar aos outros estavam numa pasta azul que eu emprestava de mão em mão. Vinte anos depois, ainda preciso carregar a pasta para cima e para baixo ou a coisa não anda.
Cada vez mais busco o anonimato para ser eu mesmo junto às pessoas que me valorizam pelo que sou, não pelo escrevo, publico, divulgo etc. etc. Consigo isso morando na Amazônia, onde escritor, editor é bicho desconhecido e desvalorizado. Se eu vivesse em Sampa ou no Rio talvez fosse arrastado por outras ondas e cobranças. Por ora, sou o "professor" (título de que mais gosto, pois fiz bonito na docência), o servidor público (que atende bem!), o amigo, o vizinho, o flâneur destemido, tanto quanto o João do Rio. Gosto de gente!
Eu me lembro quando, há vinte anos, sucesso para gente seria publicar um livro, por qualquer editora... Puxo minha própria orelha quando me vejo lamentando, sendo que eu JÁ cheguei muito longe. Ótima edição, Eric. Penso que eu também seria uma ótima estátua, e se algum dia usarem algum livro meu no Enem vou ficar bastante feliz.
Agora parei pra refletir em outro ponto do texto. Você comentou sobre a pressão de entregar conteúdo, sei que você estava se referindo aos textos literários, mas você tem entregado conteúdo com regularidade nos últimos meses. Não sei se você tem noção do quanto suas newsletters ajudam e inspiram muita gente. Sei que isso não ajuda a diminuir a pressão para lançar um livro novo, mas obrigado por compartilhar esses textos com a gente ^^
Obrigado, Rafael! Gentil da sua parte dizer isso.
Falar que adorei uma newsletter sua já deixou de ser novidade faz tempo, então vou pular essa parte haha
Concordo com suas metas de sucesso, para o meu caso, acho que só trocaria o enredo de escola de samba por ter algum livro citado nas referências de apoio para a redação do ENEM. Não porque um tenha mais valor que o outro, mas por ser algo mais próximo a mim.
Mas seguindo o estereótipo do escritor eremita: sumir realmente está num nível acima.
ia comentar isso, sempre falo que meu sonho mesmo é a vida tranquila de um escritor eremita hahaha
Eric, será que hj em dia o "underdog" é segundo lugar? Sei não...
Gostei muito do final do texto e de todo modo passei aqui para dizer que comprei teus dois livros porque minhas alunas pediram e estão na minha biblioteca.
Um abraço
ser enredo de escola de samba ainda vivo e poder participar dos desfiles deve ser incrível. se a escola ganhar, então!
nossa, que genial!
Virar estátua e sumir para mim são os maiores de todos
Entre esses eu escolheria "sumir". Hoje parece que você só é alguém se trabalha pelos seus livros como um burro de carga, mesmo depois de escritos e lançados.
Quentinho na mente e no coração! ❤️
Olha, estou numa prateleira tão baixa que o sucesso para mim seria meus livros venderem sem minha interferência direta. Indicações de pessoas que nunca vi na vida e assim por diante. Uso a metáfora da pasta azul: os primeiros textos que reuni para mostrar aos outros estavam numa pasta azul que eu emprestava de mão em mão. Vinte anos depois, ainda preciso carregar a pasta para cima e para baixo ou a coisa não anda.
Cada vez mais busco o anonimato para ser eu mesmo junto às pessoas que me valorizam pelo que sou, não pelo escrevo, publico, divulgo etc. etc. Consigo isso morando na Amazônia, onde escritor, editor é bicho desconhecido e desvalorizado. Se eu vivesse em Sampa ou no Rio talvez fosse arrastado por outras ondas e cobranças. Por ora, sou o "professor" (título de que mais gosto, pois fiz bonito na docência), o servidor público (que atende bem!), o amigo, o vizinho, o flâneur destemido, tanto quanto o João do Rio. Gosto de gente!